Apesar de ser uma das maiores demandas e necessidades humanas, nunca a felicidade foi tão debatida em contexto social e corporativo como na actualidade.

Esta “moda” deve-se a:

  1. este ser o momento da nossa história em que mais informação, investigação e conhecimento temos sobre o tema, nunca a felicidade foi tão estudada e só nos últimos anos foi considerada e reconhecida como ciência. Nunca tivemos tanta evidência para discutir.
  2. este ser também o momento da nossa história em que a felicidade é encarada como uma necessidade básica, os números de depressão, suicídios e problemas de saúde mental aumentam a cada relatório da organização mundial de saúde e as respostas das nações e dos sistemas de saúde física e psicológica não estão a conseguir estancar a perda de qualidade de vida dos indivíduos.

As ciências psicológicas olham hoje o indivíduo de um ponto de vista sistémico, sendo agente e actor em diversos contextos que se contagiam positiva ou negativamente.

A felicidade no trabalho ou a felicidade corporativa.

Nesta análise de sistemas e esferas, o trabalho assume 70% da vida activa do individuo, tornando a felicidade no trabalho num tema de necessidade e interesse.

Como podemos tornar as pessoas mais felizes no seu trabalho? E a quem compete fazê-lo?

A felicidade corporativa não existe, as empresas não personificam em felicidade, existem indivíduos, colaboradores felizes e são eles e a sua felicidade que criam na empresa a percepção e construção da felicidade no seu dia a dia.

Com esta máxima clara, quem é então responsável pela nossa felicidade no trabalho? E qual o papel da empresa (dos seus decisores executivos) na felicidade dos seus colaboradores?

A felicidade no trabalho é responsabilidade intransmissível e indelegável de cada indivíduo.

  1. A felicidade no trabalho é uma emoção. É algo profundamente interno ao indivíduo.
  2. A felicidade no trabalho é individual. Cada indivíduo tem a sua crença e construção do que necessita para ser feliz no trabalho.

À empresa e aos seus decisores executivos compete-lhes criar as condições que aumentem a possibilidade de os seus colaboradores se sentirem felizes.

É nessas condições e nas metodologias que conduzem a um cenário propício à felicidade que as empresas devem investir e para isso temos cada vez mais ao dispor, investigação, casos de sucesso e frameworks cientificamente validados.

Sortudos por não precisarmos de inventar a roda, mas temos que re-olhar para ela e assumirmos todos a nossa responsabilidade, colaboradores e decisores.

A nossa felicidade é responsabilidade nossa, não podemos terceirizar essa função.